A Trienal de Arquitectura de Lisboa, agora na sua segunda edição, é o maior evento no campo da arquitectura da Península Ibérica. Assente na grande qualidade e no desenvolvimento da arquitectura portuguesa, a Trienal pretende constituir-se como um grande fórum de discussão das questões da arquitectura contemporânea, partindo do princípio que a prática arquitectónica é uma expressão fundamental da criação do lugar, da construção de uma cidadania integradora e da afirmação cultural.
http://www.trienaldelisboa.com/
O tema da Trienal de Arquitectura de Lisboa 2010 é FALEMOS DE CASAS. Retirado a um poema do poeta português Herberto Helder, a urgência que lhe é inerente é hoje absolutamente justificada.
A proposta é a de debater a questão da habitação, quer na sua literalidade, quer de uma forma mais ampla, como habitação do mundo.
Durante 3 meses, a Trienal vai espalhar-se pelos equipamentos culturais mais importantes de Lisboa, centrada em três exposições, um centro em Cascais e uma conferência internacional sobre a relação entre arquitectura e politica, ou como a arquitectura e a politica se representam mutuamente.
Um grande número de projectos associados espalham-se pelas galerias de arte de Lisboa, por outras instituições culturais, transformando a cidade na capital europeia da arquitectura, do seu debate e celebração.
Acima de tudo, a Trienal é uma festa da arquitectura, mas também uma plataforma de debate e discussão sobre as questões da relação social da arquitectura, a sua componente ética, a importância cultural que a arquitectura hoje possui.
Museu Colecção Berardo
Exposição Falemos de Casas: Entre o Norte e o Sul
Fundação EDP - Museu da Electricidade
Exposição Falemos de Casas: Projecto Cova da Moura
Exposição A House in Luanda: Patio and Pavilion
Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado
Exposição Falemos de Casas: Quando a Arte fala Arquitectura
Centro Cultural de Cascais
Exposição Falemos de 7 Casas em Cascais
International-conference
http://www.trienaldelisboa.com/en/international-conference
PROGRAMA
15 e 16 de Janeiro 2011
A arquitectura é uma inscrição política: a edificação é dependente da capacidade económica de quem manda construir; as formas veiculam modelos sócio-culturais e formulam desejo; o poder precisa de se fazer representar e reconhecer-se representado. A acção dos arquitectos é também politicamente determinada e só o poder é capaz de sustentar experiências de grande escala.
A integração da arquitectura no âmbito de programas de tendência democrática pode verificar-se em contextos de abundância ou de escassez. A arquitectura é uma operação socializante e consequentemente pode servir para argumentar o ideário democrático: um mundo solidário, inclusivo e equitativo.
A conferência arquitectura [in] ]out[ política surge como uma oportunidade para reflectir e debater sobre a arquitectura como instrumento orientador de processos democráticos e como signo temporal e espacial das suas potencialidades. Arquitectura e política são per se argumento e processo, amplos e abertos. Esta conferência propõe a discussão destes conceitos de forma transdisciplinar e interdependente, num enquadramento centrado em quatro vectores: política, cidadania, dispositivo e futuro. Através destes será analisada a operatividade das práticas arquitectónicas enquanto manifesto, lugar, factualidade e função.
PROGRAMA
15 e 16 de Enero 2011
La arquitectura es una inscripción política: la construcción de capacidad económica depende de quien ordenó la construcción, en las formas de transmitir los modelos socio-culturales y formular el deseo, el poder -se quiera o no- esta representado.
La integración de la arquitectura a los programas de tendencia democrática se puede dar en contextos de abundancia o escases, del mimo propio del primer mundo y su Palacio de Cristal o en la Arquitectura de la escases, de la vivienda comunitaria y las letrinas donde el Arquitecto debe su -a su vez- un ecólogo y un terapeuta.
La arquitectura debe ser socializadora y por lo tanto sus operaciones deben sostener y reafirmar los ideales de la democracia: un mundo solidario, inclusivo y equitativo.
Este Trienal se propone desplegar una mirada metafísico-existencial –y por ello también arquitectónica sobre el habitar, entendido éste como un acto –de resonancias espirituales mediante el cual el hombre afianza su identidad y se reconoce en el trato que establece con las cosas. Esta mirada se corresponde con la tesis heideggeriana del habitar poético del hombre en el mundo, entendiendo este habitar en el sentido tanto físico-residencial de la morada, como espiritual de la moral.
La conferencia en torno a la arquitectura de [dentro] y [fuera] de la política emerge como una oportunidad para reflexionar y discutir sobre la arquitectura como instrumento orientador de los procesos democráticos y medio de interrogación por los nuevos sentidos del espacio público. El entrecruzamiento de producciones socioestéticas diversas que generan ciudades metafóricas y fragmentadas, donde la heterogeneidad y la dispersión de los signos identitarios patrios nos convierte a unos respecto de otros en transeúntes que apenas intercambian huidizas miradas, desfigurados, con un rostro velado, verdaderos espectros, figuras del anonimato, desposeídos de nuestra identidad por la celeridad de nuestros desplazamientos reales o virtuales.
Arquitectura y política: Esta conferencia tiene como objetivo discutir de forma multidisciplinar e interdependiente, en un marco que comprende cuatro vectores o ejes de investigación y discusión: la política, la ciudadanía, los dispositivos [o lo aparático] y el futuro [entre Utopías y Antiutopías]. A través de estas perspectivas se analizará la operatividad [viabilidad y auto-sustentabilidad] de las prácticas arquitectónicas en cuanto encuentran su manifestación en el lugar, en la situación, en la contingencia del hecho y en la función [la que siempre dirá relación con el uso y las formas de vida que el hombre desarrollará en estos nuevos entornos, cuestión que remite a la Arquitectura al orden de los discursos escatológicos).
Las nuevas mega-ciudades con sus sofisticados proyectos de desarrollo urbano, basados en su prioritaria preocupación por la conexión inmediata a otras ciudades globales y el desarrollo de megaestructuras arquitectónicas multifuncionales y autosuficientes, han provocado la desertificación del entorno y gestionado el hábitat sofocado de los nuevos centros comerciales, recintos feriales y estadios cubiertos. Son los nuevos invernaderos, caparazones para una vida que apunta –en la era del capitalismo integral– a la total absorción del mundo exterior en un interior planificado en su integridad.
AVR.
CONCEPT
Claudia Taborda and José Capela CURATORES
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Programa
I. POLÍTICA
Andrea Cavalletti
Jeffrey Inaba
Markus Miessen
Ricardo Carvalho
Moderador: André Tavares
II. CIDADANIA
Reinhold Martin
Jorge Mario Jáuregui
Yona Friedman
José António Bandeirinha
Moderador: Joaquim Moreno
III. DISPOSITIVO
Monique Eleb
Jonathan Hill
Santiago Cirugeda
Pier Vittorio Aureli
Moderador: Jorge Carvalho
IV. FUTURO
Adolfo Vásquez Rocca
Sarah Whiting
Alain Guiheux
Philippe Rahm
Moderador: Pedro Bandeira
Local:
Aula Magna
Datas e horários: